"Artigo postado pela Ana no site:
http://anabedicks.wordpress.com/2011/08/05/um-ministerio-de-adolescentes-perigoso/
Um Ministério de Adolescentes Perigoso!
Sim, é isso o que eu quero! Um ministério de adolescentes que deixe  de lado a segurança e passe a ser perigoso! Já pensava nisso e essa  idéia tomou forma depois de ler o post no blog do meu amigo John Mulholland, Pastor da  Nova Geração em Cedar Rapids, Iowa nos EUA.
Ele contou o que aconteceu com ele e 8 adolescentes a caminho de uma  viagem missionária no Colorado em julho. Eles estavam viajando numa van e  haviam saído do culto em uma igreja de cerca de 600 membros. Ao  chegarem à estrada passaram por um senhor de cabelo desgrenhado,  barbado, mal vestido carregando uma sacola do Wal-Mart, pedindo carona. A  garotada pensou em parar e dar dinheiro para ele, mas John sugeriu  parar e dar uma carona, pois afinal era isso o que o homem queria.
Então eles pararam, abriram a porta da van e o homem surpreso aceitou  a carona. John logo o avisou que se fizesse algo eles eram 9 contra 1 e  iriam colocá-lo para fora da van. O homem sorriu mostrando que lhe  faltavam alguns dentes. A van partiu rumo à casa de Ian, o carona, e os  adolescentes lhe contaram sobre a viagem missionária. Depois perguntaram  à ele o que estava fazendo por ali e ele contou que havia ido ao  mercado e tentava pegar uma carona. Disse que às vezes era mais fácil,  mas naquele dia já estava há mais de uma hora esperando que algum carro  parasse e completou dizendo que “As pessoas são uma droga”. Após alguns  minutos e para surpresa de Ian, eles o deixaram na porta de sua casa e  quando ele estava saindo da van, John lhe perguntou se eles poderiam  orar por algum pedido que ele tivesse e a resposta de Ian foi: “Orem  pelo mundo.”
Meu amigo John partiu pensando que naquela manhã, cerca de 600  pessoas haviam ouvido o Evangelho de Jesus Cristo na igreja onde eles  haviam assistido ao culto e cerca de mais 300 pessoas haviam ouvido o  Evangelho em outra igreja próxima. Cerca de 900 pessoas haviam passado  em seus carros por Ian, mas nenhuma delas havia parado. Talvez tivessem  algum compromisso, talvez estivessem com o carro lotado ou talvez  tivessem achado que Ian parecia um criminoso e tiveram medo de parar.
Assim como a sociedade americana, nós também somos uma sociedade  extremamente preocupada com a segurança e conforto e não queremos nos  arriscar. John comenta que queremos o que é seguro e acabamos embarcando  só em ações e missões que valem à pena. É por isso que nossos dízimos e  ofertas são gastos para alimentar a “máquina” do ministério e não para  ser igreja. E foi por isso que aquelas pessoas que haviam acabado de  ouvir o Evangelho passaram pelo Ian naquela manhã sem parar. Não é  seguro ministrar para pessoas como ele. Uauh, John disse tudo aqui, não  é?
E John continua, citando o livro “Louco Amor” de Francis Chan, dizendo que  Chan não nos diz nada novo, mas apenas nos mostra o cristianismo do Novo  Testamento. E ficamos maravilhados com isso porque não estamos  vivendo o chamado do Evangelho. John nos lembra que não fomos  chamados para fazer nada grandioso, mas para sermos despenseiros da  graça de Deus. E se estamos vivendo uma vida sem riscos, então muito  provavelmente não estamos vivendo o verdadeiro Evangelho.
Como muitos de vocês já devem ter imaginado, ao voltar para sua  igreja, John não foi elogiado por ter dado carona ao Ian. Foi  repreendido por seus líderes por ter colocado em risco a segurança dos  adolescentes que viajavam com ele. Talvez você concorde com os líderes  de John ou talvez discorde, mas ao final do seu post, meu amigo nos  convida à uma séria reflexão e escolha como Líderes da Nova Geração.  Segundo ele temos 2 escolhas:
- Continuar a ser parte da máquina que alimenta um “ministério seguro”. Esse ministério que não corre riscos vai criar adultos que vão passar por pessoas com Ian no seu caminho da igreja para casa e não vão parar. Eles terão medo de participar de uma viagem missionária ou de enviar seus filhos numa delas. Mas isso já não está acontecendo? As famílias cristãs não parecem seguir a Cristo e não notamos diferença entre elas e as famílias não cristãs. O chamado para sermos discípulos de Cristo parace vazio e sem sentido. Fazemos exatamente tudo o que as famílias não cristãs fazem. A vida com ou sem Jesus parece ser a mesma. Onde houve conversão, mudança de rumo, de vida?
 - Amotinar-se contra a “máquina”. Proclamar o Evangelho para as pessoas hoje. Virar a mesa. É Jesus, como Ian, dizendo para a multidão de religiosos que passam sem se importam com as pessoas “Vocês são uma droga”. É escolher ser como Jesus. Nós lemos na história do Bom Samaritano, a crítica que Jesus faz aos líderes religiosos através do sacerdote que se recusa a ajudar o homem espancado. Nós vemos Jesus viver isso quando ele curou pessoas no Sábado. E quando ele perdoou pecados e tocou o leproso.
 
Paulo fez a sua escolha e o texto de Atos 14:19-20 mostra  isso: ”Então alguns judeus chegaram de Antioquia e de Icônio e  mudaram o ânimo das multidões. Apedrejaram Paulo e o arrastaram para  fora da cidade, pensando que estivesse morto. Mas quando os discípulos  se ajuntaram em volta de Paulo, ele se levantou e voltou à cidade. No  dia seguinte, ele e Barnabé partiram para Derbe.”
Paulo escolheu um ministério perigoso. Meu amigo John também. Eu já  fiz minha escolha no começo desse texto.
E você? "


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