quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Síndrome de Peter Pan

Texto retirado do site da Igreja Batista da Lagoinha.

"http://www.lagoinha.com/portal/engine.php?pag=art&sec=1&cat=516&art=19819"

Cotidiano

"Síndrome de Peter Pan”

Tenho ouvido inúmeras reclamações dos pais, pastores e líderes, patrões e também de muitas mulheres e homens. É sempre a mesma reclamação: “Esta pessoa não cresce, parece uma criança.” Além disso, tenho visto que muitos adolescentes que estão chegando à juventude ou até mesmo jovens, não querem ter responsabilidades de um adulto, fogem a todo o momento das exigências que a vida traz.

Mas o que está acontecendo com esta geração? Muitos estão vivendo a conhecida “síndrome de Peter Pan”. 

O nome desta síndrome provém do personagem principal da peça “Peter and Wendy”, de James M. Barrie, publicada em 1911, em que Peter Pan representa um rapaz que se recusa a crescer e passa a ter aventuras mágicas. Este personagem demonstrava algumas das características desta síndrome, sendo a mais relevante delas a negação em relação ao envelhecimento. Esta peça serviu também de estudo ao Dr. Dan Kiley, que publicou em 1983, o livro “The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up” (Sindrome de Peter Pan: O Homem que Nunca Cresceu”) no qual expõe esta síndrome, baseando-se também em alguns dos seus pacientes que demonstravam sinais de uma pessoa que nunca cresceu.

Acredito que a “Síndrome de Peter Pan” é fruto da desestruturação familiar, de uma mentalidade paternalista que tem dominado nossa sociedade e também de uma escolha pessoal, consciente ou inconsciente. 

Muitos pais acham que os filhos não devem ter responsabilidades. Por isso mesmo, superprotegem e acabam gerando neles uma personalidade que é eternamente dependente. Um bom exemplo dessa realidade vivida em muitas famílias é o Tuco, do programa semanal da Rede Globo de Televisão, “A Grande Família”. A sociedade em geral (governo, leis, meios de comunicação e autoridades) tem legitimado e reforçado as posturas de homens e mulheres que não querem responsabilidades, por meio de leis e mensagens que aparecem toda hora na TV, rádio e todo meio de comunicação. Percebo que as pessoas que vivem como “Peter Pan” são sempre acomodadas e se acostumaram a ter tudo nas “mãos”, fugindo de responsabilidades em busca de um caminho mais fácil. Pensam viver numa terra onde as crianças e adolescentes nunca crescem. São eternos dependentes dos pais, financeiramente ou emocionalmente. Resumindo, não conseguem caminhar de forma independente, dependendo sempre de alguém que caminhe por eles.

Como resultado dessa postura, os adolescentes e até mesmo os jovens, não têm nenhuma responsabilidade com a vida e com aquilo que é exigido deles.
Não têm responsabilidade com o trabalho, a organização dos afazeres de casa, não têm visão para um futuro melhor, não sabem lidar com o “não”, nem com a pressão, não têm compromisso com o horário e com a própria palavra.

Fica, então, um grande desafio: romper com um estilo de vida de “Peter Pan”. A Bíblia diz em Romanos 12.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente [...]” 

Todo líder deve ter em mente o seu papel e também o seu limite de atuação. Portanto, cabe ao líder mostrar, por meio da Palavra de Deus, o que Ele nos ensina sobre a postura e as responsabilidades que homens e mulheres devem ter. O líder que procura agir com maturidade, buscando equilibrar o cuidado pastoral com responsabilidade, aquele que ensina sobre a responsabilidade com horários e frequência, escola, casa e profissão, estará ajudando na formação de uma geração de homens e mulheres que vivem de maneira diferente neste mundo e que, com certeza, se destacarão como cristãos atuantes e em tudo o que fizerem. 
De forma alguma, podemos nos esquecer da importância da atitude dos pais neste processo de mudança. Aqueles que mudarem de postura com seus filhos, permitindo-lhes viver de forma mais responsável, consciente e independente, terão mudanças determinantes nos mesmos.
Finalmente, devemos nos lembrar de que, acima de qualquer atitude do líder e dos pais, a mudança depende muito de quem está vivendo como “Peter Pan”. É importante que cada um que adote esta postura, tome a consciência da realidade que está vivendo, tenha consciência das consequências da permanência dessas atitudes e escolha romper com a dependência paterna/materna, passando a assumir as responsabilidades que um homem e uma mulher têm.
::Bruno Bacelar 
Pastor da Rede de Adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha  

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